quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TUPINIQUINSENSES


Carta aos cristãos de Tupiniquim, um país tropical abençoado por Deus.
Espero que ao encontrá-los estejam mais saudáveis e fortalecidos, não desanimem em vossa fé apesar das noticias vinculadas em jornais televisivos, revistas e na poderosa web, sobre escândalos e pecados morais envolvendo líderes que usam o nome de Deus para beneficio próprio.  Lembre-se do que foi dito por Cristo que “É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem...” Lucas 17:1.
Traga a memória neste ano eleitoral sobre os políticos que “fere nossa terra” lembrem que através de verba da Câmara dos Deputados comprou passagem aéreas para os artistas gospel, irem e virem a esta terra a fim de entreter e ofuscar seus atos libidinosos. Estes que escondem dinheiro em meias, cuecas e malas, e depois de receberem tal quantia agradecem aos céus pelo livramento e pelos “panetones” para o Natal das criancinhas.
Lembrem daqueles deputados que parecem desenhos de garotinhos universais envolvidos nos mensalões e vendas de ambulâncias, vereadores sem tetos (salariais) que recebem uma pequena ajuda de Associações Imobiliárias para custear suas empreitadas no reino desde mundo, cantam e pregam, mas será que se ouve e tem um canto honesto, em alguma praça, de qualquer cidade, de algum parlamento deste país?
Em vosso meio existem aqueles que pessoalmente se intitulem como apóstolos mundiais, e tiram sorte para ocuparem o lugar e o caráter de Judas, tomem cuidado para não caírem nas campanhas de marketing, destes comunicadores televisos da pós modernidade e decadência cristã, enganando a muitos com seus produtos milagrosos que “nadafala”, vendendo casas “que não fazem barulho, pois não tem defeito de fabricação”, explorando os neófitos, implorando por trizímos( já não bastava 10% agora estão pedindo 30%). Onde os fins destas doações se convertem em jatos de milhões de dólares, pois se esquecerem de voar nas asas do Espírito. Estes carregam valores sem declarar sendo punidos por evasão de divisas, são donos da verdade a seus próprios olhos, sendo que em seus corações nada renasce; nem Cristo.
Atentai-vos para não serem levados por emoções das mega empresas – igrejas que mercadejam a cura, prosperidade e esperança, pois seus lideres são lobos vestidos de pastores e meliantes fantasiados de sacerdotes. As ovelhas conhecem a voz do verdadeiro Pastor, não se deixam enganar.
Há muito que falar, sobre os ministérios e adoradores da fama, onde seus corações estão distante daquilo que cantam, fazendo chover processos por se achar um dono do outro. Mas deixarei para lhes falar pessoalmente.
Permanecei firmes, sabendo que o nosso Mestre breve virá e há de separar o joio do trigo e acabar com esta palhaçada gospel.

Gostaria que esta carta fosse apenas fruto da minha fértil imaginação...
Adualdo Rodrigues

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Como se fosse à última vez


Você já disse que ama alguém hoje? Se a resposta for negativa , com toda certeza você se enquadra no grupo de pessoas que perdem a oportunidade de amar todos os dias.Demonstrar tudo aquilo que sentimos por alguém é a chance de sermos honestos com nosso próprio eu e lembrarmos que somos sedentos não apenas de ser amados, mas também de amar intensamente. Existe um enorme peso nas costas daquele que ama e demonstra, na atualidade o Admirável é ser durão, frio, evitar as tão famosas decepções. Mas com toda certeza a maior decepção que alguém pode ter é o sentimento do arrependimento, pensar que perdeu última oportunidade de dizer Eu Te Amo. Viva como se fosse a última vez, haja como se fosse fosso o último encontro, olhe como se fosse o último olhar, abrace como se fosse o último abraço.

Ninguém sente medo de amar. O que realmente nos atemoriza é a idéia de não sermos correspondidos. O amor que Deus deseja que coloquemos em prática é um amor que não tenha como condição a reciprocidade, isso significa entregar amor mesmo podendo receber frieza ou qualquer outro sentimento contrário. Uma pequena dose de amor substitui toneladas de comprimidos e milhões de lágrimas... Amar pode não ser uma tarefa das mais simples, mas faz parte da vida se dedicar a tarefas complexas. Pratique o AMOR, entre nessa campanha também.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Isaias 53:11

Sou fascinado pelas histórias e vida dos mártires, pietistas (não confunda com PTista), puritanos, avivalistas e missionários cristãos dos séculos passados, relendo “A mortificação do Pecado” de John Owen (1616-1683) um renomado teólogo puritano que ensinou sobre a importância de lutar contra tendências e atitudes pecaminosas, me deparei com Wiliam Carey que é considerado o pai das missões Protestantes, fundador de uma sociedade missionária que teve seu início em 1792, 275 anos após Martinho Lutero ter afixado as Noventa e Cinco Teses à entrada da Igreja de Wittemberg em 1517.

Essa sociedade foi um veículo Protestante importante para o envio de missionários ao mundo não Cristão.

William Carey estava, na verdade, seguindo os passos dos missionários morávios, pessoas simples que não tinha tanto conhecimento teológico, mas que influenciaram e viveram de forma tão intensa no século XVIII.
É sobre estes irmãos Moravianos que gostaria de compartilhar algumas verdades com você.

A história dos Moravianos (Hoje República Checa) antecede à Reforma. Conhecidos originalmente como os Unitas Fratrum, ou a Unidade dos Irmãos, esses cristãos Checos foram os seguidores do mártir John Huss, um Reformador antes da Reforma.

Ele foi martirizado em 06 de julho de 1415, e os Moravianos honram sua morte no calendário deles ainda hoje.

Após a morte de Huss, seus seguidores, que foram muitas vezes conhecidos como Hussitas, ou como os Irmãos Boêmicos, experimentaram um verdadeiro ressurgimento.

Eles se reorganizaram no ano de 1457, e no tempo da Reforma havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas por toda a Europa Central.

Mas, no levante das guerras dos 1600, a Boêmia e Morávia (República Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os Moravianos.

Quinze de seus líderes foram decapitados. Os membros da igreja foram mandados para os calabouços e às minas para trabalhos forçados.

As escolas deles foram fechadas. Bíblias, hinários, escritos históricos foram totalmente queimados. Foram todos espalhados. De fato, 16 mil famílias repentinamente se tornaram refugiadas. Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição. Por causa disso formaram uma poderosa rede de cristãos “clandestinos” através de pequenos grupos.

Algo que me chamou atenção na historia destes corajosos Moravianos foi que eles, eram profundamente dedicados ao Senhor Jesus Cristo e a sua causa sendo extremamente cristocêntricos.


Os Moravianos abriram o ministério a pessoas simples, diferentemente dos pietistas primitivos, não eram altamente educados nem teologicamente treinados. Eram comerciantes. Sendo que os dois primeiros missionários que foram enviados eram coveiros por profissão!

As próximas duas pessoas que enviaram, um era carpinteiro e o outro, oleiro. Os Moravianos abriram o ministério ao leigo e a ministração às mulheres, antecipando Hudson Taylor nessa questão mais de cem anos antes.


Criaram a estratégia missionária de fazedores de tendas, seguindo o exemplo de Paulo e assim auto sustentando suas viagens e suas missões.


Os Moravianos por serem pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Viviam na periferia da sociedade. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros.

Eram sensíveis ao Espírito Santo e se dirigiam às pessoas receptivas ao evangelho.


Eles colocavam o crescimento do Reino de Cristo acima de qualquer expansão denominacional. Atitude rara em nossos dias, onde a placa denominacional é mais importante do que o Reino de Deus, valorizamos mais nossas igrejas oriundas da divisão e diferenças teológicas. Somos o único grupo que cresce pela divisão e não pela unidade, por isso existem tantos evangélicos doentes, e anêmicos espirituais, pois estão mais preocupados com o crescimento da horta do seu quintal do que com a Seara que está branca para a Colheita. Há uma disputa pelo melhor Ministério de Louvor, pela maior igreja da cidade, pelo melhor programa gospel, quanta perda de tempo, enquanto as almas estão famintas pela simples Palavra de Deus.


A obra missionária Moraviana era regada de oração. Quando o avivamento espiritual ocorreu em 1727, começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano.


Durante este avivamento espiritual, dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia onde 3000 africanos trabalhavam como escravo e cujo dono era um Britânico agricultor e ateu.

Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: “Nenhum pregador e nenhum clérigo chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”.

Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”, o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para custear sua viagem.

No dia da partida para ilha, as famílias estavam reunidas no porto para se despedirem dos jovens. Houve orações choros e abraços, amigos e familiares puderam dar o último adeus para seus irmãos.

E algumas pessoas falaram: porque vocês estão fazendo isso? Vocês nunca mais irão ver seus familiares e amigos, e vão ser escravos para o resto de suas vidas!


Mas quando o barco estava se afastando do porto os dois jovens levantaram suas mãos e declararam em voz alta: “Para que o Cordeiro que foi imolado receba a recompensa por seu sacrifício através das nossas vidas.”


O que estremece a minha alma é a gratidão que estes irmãos tinha com Deus pelo sacrifício de Cristo no Calvário, a sinceridade intensa na oração e amor pelos perdidos.

Não estavam preocupados em conhecimento, diplomas ou com o crescimento das suas igrejas e placas denominacionais, mas a palavra deles era demonstração do poder de Deus.

Deixaram de olhar para seus umbigos e começaram a ver a necessidade daqueles pelo qual Cristo foi crucificado.

A Grande Comissão é hoje na Igreja a GRANDE OMISSÃO, pois sabemos o que se deve fazer e não fazemos, estamos preocupados com a nossa vidinha e com o crescimento da Nossa Obra, esquecendo daqueles que cambaleiam mortos indo para o inferno.

Que a mesma chama que inflamava estes irmãos Moravianos, venha acender em meu coração, para que eu seja mais ousado e corajoso a clamar:

Que o Cordeiro que foi imolado receba através da sua vida integral a recompensa pelo seu sofrimento!

“Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.”

Isaías. 53:11



Adualdo Rodrigues
Porto Velho - RO

Referências
.The Moravians and Missions: de Kenneth B. Mulholland – Seminary of Columbia ,April 1999
.A mortificação do Pecado – Jonh Owen – Séc. XVII
.Que o Cordeiro receba - Ricardo Robortella - Clamor pelas Nações


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“Aquele que prega arrependimento está-se colocando contra este século, e enquanto insistir nisso será impiedosamente atacado pela geração cuja fraqueza moral aponta. Para tal tipo de pessoa só existe um fim: “Sua cabeça vai rolar!” É melhor ninguém começar a pregar o arrependimento enquanto não confiar sua cabeça ao céu”. Joseph Parker

Sem DEUS somos apenas pó!

Deus o Artesão da Vida

Deus o Artesão da Vida

Queria ficar mais em silêncio, fazer calar o mundo, calar o meu corpo, calar a minha alma e ouvir a Deus.
Nossa vida é muito tumultuada e barulhenta, há som por todos os lados, sons que ferem e estupram nossos ouvidos, sons produzidos por este caos em que sobrevivemos.
Tenho saudade da Lapinha, da Serra do Cipó, onde no meio da natureza podia se ouvir pássaros, o vento nas árvores e o silêncio da caverna.
Mas acabo reaprendendo a ouvir a Deus, apesar de toda confusão, posso ainda ouvi-lo nas coisas simples e nas circunstâncias da vida.
E nessa ânsia desesperada pelo Criador do Universo, me recordo de uma manhã dentro do ônibus em uma Avenida de Belo Horizonte, lendo um livro de Filosofia repleto de pensamentos de Aristóteles e Platão, estudando sobre Metafísica (tinha um trabalho para entregar), além destas agradáveis companhias tinha cerca de 40 pessoas, estressadas e atrasadas, como eu.
Em meio a esse turbilhão, fechei o livro e comecei a observar as pessoas ao meu redor.
Pessoas nervosas, reclamando da vida, do trânsito da política,do time que perdeu, da falta de dinheiro, reclamando do marido,da esposa, do amigo, reclamando da igreja.
Sendo levado pelo barulho das buzinas, vozes, gritos e sirenes uma senhora me chamou a atenção, já com seus cabelos brancos e uma sacola no piso do ônibus estava concentrada no seu trabalho.
Pude observar que nada tirava a sua atenção, puxava um fio da sacola e com tal destreza e habilidade transformava aquele emaranhado de fios em um belo forro de mesa. As vezes ela parava colocava a sua frente e sorria. Acho que imaginava como ficaria ao terminar.
Observando aquela senhora no seu precioso trabalho, por um instante esqueci os problemas que me afligia, Deus começou a falar dentro de mim, somos uma obra de arte do qual Ele é o artista. Na criação vemos o Soberano, pintando e criando a terra e tudo o que nela há. Para sua obra prima o ápice da criação, o modelo foi Ele mesmo, ao nos criar olhou para si mesmo e nos modelou em seus dedos soprando em nós a sua vida, cuidando de cada detalhe fazendo de nós sua maior obra de arte.
Mas de repente depois de alguns pontos, o semblante daquela senhora desconfigurou, algo como decepcionada ao olhar para sua arte, e de uma maneira insana, começou a puxar os fios daquele forro, desfazendo e arruinando todo trabalho, não sei, mas acho que havia bastante tempo a trabalhar naquele forro. Não compreendia aquela atitude, como alguém pode desmanchar algo tão belo? Não me contive me levantei e fui ao encontro daquela senhora indignado, e perplexo perguntei:
Porque a senhora desmanchou este forro, estava tão perfeito, cheio de detalhes belos e já estava finalizando?
Aquela senhora olhou para mim e de maneira suave e serena me explicou tal atitude:
Talvez você não compreenda, mas minha filha começou este forro e pediu para que terminasse, pois estava difícil para ela fazer alguns pontos e terminar este forro. Comecei de onde ela havia parado e quando cheguei ao acabamento final, percebi que ela tinha errado alguns pontos no começo, fazendo que o forro ficasse torto e feio, este é o motivo pelo qual estou desmanchando para consertar estes pontos e torná-lo certo e lindo como no modelo original.Apesar de ter ensinado, ela preferiu fazer alguns pontos do jeito dela, e não tinha como terminar algo que estava errado lá trás.
Mesmo sem entender nada de crochê, comecei a entender o que Deus queria me ensinar através daquela senhora.
Sem palavras voltei, e apesar de toda movimentação e sons a minha volta, como se alguém apertasse a tecla pause da minha vida, ouvi a voz de Deus... Também faço assim na sua vida!
Quantas vezes você reclama quando puxo os fios da sua vida, quando desmancho algo que você tanto gosta... Eu sou o Criador, Eu sou o Modelo, por isso sei o que deve ser consertado e refeito em você!
Eu sou o artesão, por mais que eu permita alguns pontos tristes que você mesmo colocou em sua vida. Em tudo Eu tenho um propósito, talvez você não compreenda por olhar pelo lado avesso, mas me permite terminar a boa obra que comecei na sua vida e poderá ver que linda obra de arte você se tornará.
Não esqueça, Eu sou o Oleiro, você o barro. (Jeremias 18: 1-6)
Depois destas palavras lembrei de onde Deus me tirou para fazer um vaso. Nos tirou do pasto, não éramos nada, barro, argila misturada com fezes de animais, cheio de pedras e cacos...esta era a minha vida!
E como artesão ele me pegou me limpou, colocou sua água e me moldou... O Oleiro me tem em suas mãos eu o barro, que Ele quer transformar me fazendo uma obra de arte, mas o barro deve ser moldado, amassado, girado pela roda e se depois de terminado o Oleiro não estiver contente com o resultado ele refaz tudo de novo assim é nossa vida primeiro Ele nos resgata, nos escolhe (Não foi vós que me escolheste. Jo 15:16 ) , como o Oleiro Ele nos molda a sua maneira e vontade ( Is 45: 9 - Rm 9:21 )

Mas ainda o vaso ou o forro não estava como Ele queria, não estava bem aos seus olhos, por isso nos quebra, e nos faz e nos Ele desmancha o que está errado, permitindo algumas situações em nossa vida para nos fazer de novo.
Coloca-nos no fogo assim como o ourives coloca o ouro e a prata para ser purificado, Deus também como este artesão nos coloca no fogo das provações, das dificuldades,das tristezas (Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. ... II Co. 7:10) para que possamos ser limpos de todo orgulho, de toda impureza... E como eu, talvez você pergunte qual é o momento certo de tirar o metal do forno?
E o ourives nos responde somente quando minha face está refletida no metal, este é o momento certo de tirar do fogo! (Ainda não é o momento de me tirar do fogo)
Como vaso, muitas vezes a vida provoca algumas rachaduras que nos impedem de ser úteis, e Deus o oleiro nos quebra e nos faz de novo, para que possamos ser úteis!
O que me cativa em Deus é sua graça, misericórdia e amor, sua constante persistência e sua paciência... A verdade é que Ele não remenda o vaso... Ele faz um vaso novo! Ele não quer pessoas remendadas, como uma colcha de retalhos, mas quer pessoas que vivam uma novidade de vida.
Por isso, muitas vezes, ele muda os meus planos, e meus sonhos! Nada de remendos... O que Ele quer é a satisfação total do vaso, ou a profundidade do quadro, e como aquela senhora que voltou a fazer novamente aquele forro, mesmo quando estragada pelo próprio ponto, e ainda que naquele emaranhado de fios que fica do lado do avesso, que pode parecer uma confusão total... Ele está fazendo uma obra nova... Um quadro novo... “obra de arte... para honra e glória... do Artista!”
Por mais que eu e você não compreendemos os propósitos de Deus, tenhamos confiança sabendo que Ele sabe o fim, Ele tem o domínio de tudo.
Cada etapa da nossa vida seja ela boa ou ruim tem um propósito quando se tem Deus como o artesão, Ele vai cuidar para que a nossa vida seja uma obra de arte, apesar das rachaduras que nos foram provocadas ou que nós mesmos provocamos Ele nos fará de novo, não importa as cores sem vida na tela e nos forros da vida, no final de tudo sentaremos com Ele e em silêncio iremos desfrutar da beleza desta obra e veremos que tudo que Ele faz é bom!
E por mais que você não veja nada de belo na sua vida, por mais que esteja passando pelo dia mal, prefira estar nas mãos do Artesão da Vida, Ele sabe fazer de um emaranhado de fios um lindo forro, ou uma blusa para aquecer algum solitário. Ele sabe pegar um barro que não vale de nada e fazer um lindo vaso. Ele pega um metal sem valor e transforma-lo em uma jóia rara e de grande valor, Ele transforma um quadro abstrato na mais valiosa tela de arte...
Ele faz de mim e de você, pessoas com valores, com caráter transformado e com histórias que podem mudar o mundo e as pessoas...pelo simples fato de ser o Artesão da vida.

Pense nisso!

Adualdo Rodrigues
Porto Velho – Ro

O Tapeceiro - Letra e Música – Stênio Marcius
Tapeceiro, grande artista,
Vai fazendo seu trabalho
Incansável, paciente no seu tear
Tapeceiro, não se engana
Sabe o fim desde o começo,
Traça voltas, mil desvios sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria,
É tecida de cores alegres e vivas,
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes
Se você olha do avesso,
Nem imagina o desfecho
No fim das contas, tudo se explica,
Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo,
Muda-se logo a expressão do rosto,
Obra de arte para Honra e Glória do Tapeceiro

Minha vida é obra de tapeçaria,
É tecida de cores alegres e vivas,
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes
Se você olha do avesso,
Nem imagina o desfecho
No fim das contas, tudo se explica,
Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo,
Todas as cores da minha vida
Dignificam a Jesus Cristo, o Tapeceiro


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“Aquele que prega arrependimento está-se colocando contra este século, e enquanto insistir nisso será impiedosamente atacado pela geração cuja fraqueza moral aponta. Para tal tipo de pessoa só existe um fim: “Sua cabeça vai rolar!” É melhor ninguém começar a pregar o arrependimento enquanto não confiar sua cabeça ao céu”. Joseph Parker

Sem DEUS somos apenas pó!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Um Novo Espaço...

O homem desde sua criação domina a arte de pensar individualmente, e não podemos negar que essa forma de pensamento trouxe muitos acréscimos ao cotidiano humano, possibilitando desenvolvimento substancial em várias áreas. Entretanto o pensamento individual nunca conseguiu suprir a maior necessidade que os homens possuem e que por sua vez é determinante para a sobrevivência de cada indivíduo: a interação.

Fomos projetados para sermos seres sociais. Em seu projeto (criação do homem) a individualidade postulou em segundo plano. A palavra de DEUS retrata essa questão em gênesis, quando aborda o diálogo entre DEUS e Adão (suprindo a carência afetiva de Adão) e ao criar uma companheira humana para que pudessem estabelecer laços e se completassem mutuamente. Essa unidade idealizada por DEUS, por diversos motivos foi ao longo do tempo decrescida do convívio social humano. O Espaço Comum nasce no sentido de estabelecer interação entre todos nós, cumprindo uma das determinações de DEUS para nossas vidas, que é justamente vivermos em união, em interação, literalmente de mãos dadas.

Este é o espaço para lermos tudo que anteriormente ninguém se propôs a escrever, pensar tudo que era temido, idealizar tudo que DEUS tem plantado em nossos corações e que por muitas vezes fomos tolidos por aqueles que se imaginam no centro da vontade de DEUS. O jovem cristão vive incrustado de dúvidas, idéias, e pensamentos que lhes parecem estranho e o fazem sentir anormal. Se você se senti assim, se você vive cada instante como um louco lutando contra o pecado, buscando sobreviver a essa louca pós modernidade que tem como objetivo nos corromper e tentar nos convencer que existe vida sem DEUS, seja bem-vindo! Aqui é seu espaço, aqui é nosso espaço. O espaço de quem sonha os sonhos de DEUS, o espaço de quem deseja viver em um ESPAÇO COMUM.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Eu e o Vômito de Jesus

Mas um ano se passou, mais uma semana, e estou de volta as minhas escolhas.

Toda vez que se aproxima o momento de partir, acontece algo estranho na alma, uma mistura de ansiedade e saudades, saudades de pessoas, de lugares, da comida, da cama, pessoas especiais e coisas simples que amo.

Mas apesar de todo sentimento estranho aproveito para tirar boas lições e refazer algumas perguntas a respeito da minha vida e desta caminhada, indagações sobre a minha existência na vida das pessoas.

Será que as pessoas iriam sentira minha ausência assim como sinto delas?

Será que minha cama iria sentir saudades do meu peso assim como sinto falta dela (acho que não...)?
Será que sentiriam falta das palavras, das brincadeiras, dos risos e chatices sem necessidade e das pregações, sentiriam falta da minha pessoa?

Não estou falando de sentirem falta do vizinho educado que não coloca o som no último volume (esse não sou eu), ou do colega que ajuda em alguma coisa.

Mas gostaria de saber se sentiriam falta da esperança que eu trazia, do modelo que eu representava, da influencia cristã na vida das pessoas, da referencia como líder e como ovelha.

Será que sentiriam minha falta... Ou existir ou nunca ter nascido faria alguma diferença?

E essas perguntas me levaram ao relato de uma Igreja na Ásia que não salgava e não brilhava mais naquela cidade, na cidade de Laodicéia.


O Apóstolo João nos oferece algumas dicas desta Igreja e das pessoas que formavam esta decadente Comunidade Cristã da qual me identifico. (Leia Apocalipse 3:14 -22)

Das Sete cartas enviadas as Igrejas da Ásia, a única que não recebeu nenhuma palavra positiva da parte de Jesus e parece até um resumo da insatisfação celestial, recebendo apenas repreensões e palavras de condenação foi a Igreja de Laodicéia.

Esta poderia ser descrita como uma igreja emotiva, orgulhosa, egocêntrica, frouxa, amênica, humanamente respeitável, secular, auto-suficiente, adúltera e hipócrita.

Elementos básicos para mal estar... E nem precisa enfiar um dedo na garganta para forçar o vômito resultando um gosto amargo de fel, informando que algo ou alguém será expelido do estomago do Mestre.

Coloquei-me como membro daquela igreja e olhei para o chão notando que aquela coisa asquerosa e nojenta parecia muito comigo, com minhas atitudes, com minas decisões e com a igreja atual.


Aquela igreja estava mais voltada para as teorias, tendências e modismos religiosos do momento do que para a verdade que liberta e um viver santo. (Você já comprou o novo cd daquele Ministério que tá estourando, e aquele livro que dá dicas de como enriquecer e emagrecer em 7 semanas, ou aquele dos 5 passos para receber o Espírito Santo, a sua igreja está no modelo do Avatar...ainda não? irmão você está por fora daquilo que rola no mundinho gospel)


Laodicéia era mais concentrada na neutralidade e no comodismo religioso do que em ser comprometida com os fundamentos da fé. (E mais fácil fechar os olhos e não vê a podridão que rola no nosso meio, e na sociedade, e não denunciar... pois senão você será conhecido como aquele cara chato que só fala mal... e nunca concorda com a vida estagnada e inerte do qual vegetamos e não vivemos, é mais fácil dar um prato de comida a um mendigo e dizer “Deus te abençoe”, do que tirar um tempo na nossa preciosa agenda e fazer algo que vale a pena para o próximo seja no hospital, em casas de recuperação, ou na sua rua... ou tampar os ouvidos e os olhos e dizer eu não tenho nada haver com isso....)


Uma igreja concentrada na auto-suficiência do que na dependência de Deus.

(Vou confessar talvez este seja meu pior pecado... o de não confiar plenamente em Deus... quantas vezes me pego tomando da mão dEle aquilo que já “entreguei”)


A igreja mais preocupada com o dinheiro do que com a Bíblia e com as pessoas. (Uau... mexeu comigo... Hoje em dia isso é normal. a carne e a Lã das ovelhas são mais importantes do que as próprias ovelhas... cuidado se você está gordo (ou melhor, a sua conta) poderão te abater... pois o seu valor é do tamanho do seu dizimo.

Sabe aquele irmão que está desempregado, e aquele que está doente necessitando de um remédio... haaa desculpe esqueci que o nome do seu deus é Mamom... Perdoe-me não tinha reparado qual era o seu tesouro e onde estava seu coração! )


A igreja mais preocupada em compreender e ser relevante no mundo moderno do que conhecer a Deus e com o arrependimento espiritual. (Esta crise de identidade que vivemos é por que estamos caminhando para longe de Deus, queremos saber se o capeta tem cifre e rabo, estamos preocupados em desvendar nosso código genético e saber se a minha origem veio de um chimpanzé ou de um orangotango, isso sim é importante... esqueço que para conhecer a mim mesmo tenho que conhecer a Deus que é a fonte, que é o Principio o meio e o fim da minha existência)


A igreja que valoriza mais as autoridades cíveis e religiosas do que a presença de Deus. (O nosso maior problema é que ficamos demais ocupados em satisfazer a vontades dos homens do que a Deus... Ultimamente é mais importante agradar ao sistema religioso do que satisfazer a vontade Deus. Vejo tanta burocracia para evangelizar, para orar, para adorar... impõe ordem sobre ordem, regras e mais regras, um pouco aqui, um pouco ali... são tantas regras que lembro que fui impedido de continuar um trabalho com jovens em uma área de risco porque não tinha passado pelo último estágio dos Jedi...Star Wars)


Esta era a igreja de Laodiceia e qualquer comparação com você e até mesmo com sua igreja são mera coincidência.


Mas apesar de toda decadência espiritual de ser miserável, pobre, cego e nu, Cristo me convidou a comprar dEle, ouro purificado, vestes brancas e colírio....Mas como comprar se Ele não aceita barganha? É ai que a graça de Deus tomou conta de mim... A minha pobreza espiritual me forçaria a chegar mais perto dEle, afinal não tinha nada a oferecer....Apenas meu arrependimento...

Apesar de toda minha inutilidade na vida das pessoas, Jesus humildemente intervém e dirige a Laodicéia e a mim uma mensagem de esperança, me convidando a sentar com Ele no trono... Apesar de não merecer Ele me convida e bate mais uma vez na porta do meu coração, a fim de mostrar quem realmente sou... Voltar a ser útil na vida das pessoas, a fazer diferença neste mundo cão, a ser a resposta do clamor gerado no céu...

Tomara que não esteja tão ocupado no meu quarto, ou na frente do computador, na cozinha quem sabe na sala curtindo um filme... A campanhinha está tocando... Alguém está gritando seu nome!

Ow... Ele está batendo na porta... Você não vai abrir?

Cuidado, pois algo está acontecendo no estômago de Jesus e como Laodicéia seremos despejados como vômito mal cheiroso e putreficado de atitudes que causam náuseas a um corpo santo.

A escolha é nossa!


Adualdo Rodrigues
Porto Velho - RO



“Aquele que prega arrependimento está-se colocando contra este século, e enquanto insistir nisso será impiedosamente atacado pela geração cuja fraqueza moral aponta. Para tal tipo de pessoa só existe um fim: “Sua cabeça vai rolar!” É melhor ninguém começar a pregar o arrependimento enquanto não confiar sua cabeça ao céu”. Joseph Parker


Sem DEUS somos apenas pó!