sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dicas da Semana


1 – Valorize menos o dinheiro e gaste mais tempo com seu DEUS. Você vai descobrir que ele vale mais...

2 – Valorize as pessoas que estão ao seu redor. Se você não descobrir seu grande amor, ao menos pode descobrir que você é tão falho como cada uma delas. Descobrir que falhamos também, é uma ótima forma de aprendermos a valorizar as pessoas...

3- Reclame menos e produza mais. Se você perde seu tempo reclamando no mínimo quatro vezes ao dia de coisas diversas, você gasta em média 3 minutos. Neste mesmo tempo você pode orar por alguém, ler a bíblia ou qualquer outro livro, debater assuntos produtivos, ouvir uma música boa, ter uma grande idéia...





Victor Araújo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Carta aos (já) velhos amigos

Se pudesse, nenhum de vocês morreria antes mim. Quero lhes preceder no último passeio não por heroísmo, mas por pura covardia. Tenho medo da dor de perdê-los. Padeço como viúva quando digo adeus a um amigo. Por meses, não valho nada. E sei que não tenho forças para enfrentar meses de desconsolo.


Vinicius de Moraes chamava Cecília Meireles de suave amiga, e assim eu os tenho, meus suaves amigos.


Devo a vocês as poucas cores que sobram em meu coração castanho de decepções. Só escapo de cambalear pelo mundo com a alma mumificada porque vocês nunca me deixaram em paz. De cada um, veio a iniciativa para a conversa; conversa de ferro afiando ferro. Se uma tênue réstia de esperança insiste em brilhar em mim é devido à justeza de caráter que vocês revelaram em momentos descontraídos. Continuo a acreditar que nesse mundão cruel e desumano ainda existem pelo menos sete mil nobres.


Suaves amigos, herdei de nossos encontros, o mínimo de sanidade que me poupa de ser um trapista casamurro. Há muito, eu teria evaporado em devaneios absurdos. Ensimesmado e auto-referenciado, encarnaria o demônio; demônio feroz, daqueles que espumam e se rebentam no asfalto. Na companhia de meus suaves amigos, mesmo homem-joão-da-silva, viro poeta-manancial e profeta-fragrância. Desnudo as fantasias; entre vocês não preciso ser outro senão euzinho, sem nenhuma pretensão. Juntos em nossas fábulas, somos vilões; em nossas parábolas, pródigos ou pais sofridos; em nossos poemas, amantes esquecidos; em nossas piadas, bufões atrapalhados.


O tempo passa. A maresia do kronos, que tudo corrói, também enferruja os elos das grandes amizades. Vigiemos para que essa inexorabilidade nunca nos impeça de cruzar caminhos. Não deixemos que encontros só aconteçam nas tragédias, nos corredores dos hospitais ou no constrangimento do luto.


Carecemos da mesa posta. Arranjemos desculpa para conversas longas, daquelas que se estendem até a boquinha da noite. Por enquanto, a palavra saudade não deve ser pronunciada entre nós. Breve nos perderemos uns dos outros - a morte é desalmada. Chegará a noite escura para nos afastar em longos abismos. Nossos rostos se dispersarão no ruço que encobre a velhice.


Preciso de cicerones, gente que me dê a mão, na última etapa desta breve existência. “Vigiem comigo, nem que seja por uma hora”. Não me abandonem a vagar, arquejado e sorumbático, até evaporar-me. Peço-lhes o regaço como travesseiro; estou disposto a repousar a cabeça até na pedra para sonhar com a escada que toca o céu.


Surpreendamo-nos! Que não seja necessário a ameaça de um meteoro, a iminência de um câncer ou a descoberta de Atlântida para que peguemos o telefone: “Eu só liguei para dizer que você é especial para mim”. Não adiemos para a eternidade as palavras que deveríamos ter coragem de dizer agora. Não esperemos para nos presentear com coroas de flores.


Quando penso em dar brados pentecostais com glórias a Deus, lembro que posso sussurrar: “Eu te amo meu amigo”, e Deus ficará satisfeito.




Ricardo Gondim
Soli Deo Gloria
www.ricardogodim.com/

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A culpa é nossa!

As palavras não dizem tudo,Mesmo que o tudo seja facíl de dizer.
Com certeza fala bem melhor o mudo,Se sua atitude manifesta o que crêr. Sérgio Pimenta

A sociedade pós moderna , finge que não existe Deus...
O Pós-modernismo trouxe mudanças nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas, trouxe a liberdade de expressão e a velocidade das informações... Mas se esqueceu de Deus.

Sentado à mesa de um bar com alguns colegas de serviço estava tentado contemplar a beleza da criação, da simplicidade e da grandeza do Criador em frente o Rio Madeira no cair da noite.

O papo como sempre rolava acerca de mulheres e seus corpos a mostras, cada uma que chegava era motivo para comentários: “Olha a bunda, o peito, as pernas...” Meros objetos de prazer descartáveis, as tem apenas como depósitos de esperma.
Infelizmente muitas aceitam serem usadas, pois também usam...

Algumas sozinhas nas mesas espalhadas pelo local... Esperando os flertes e o convite para a consumação do ato...

Entre uma e outra voltava a comentar sobre os campeonatos Estaduais, a Copa do Brasil e Libertadores...política, Dilma, Marina e Serra...
Estava demorando , estava aguardando o momento de começar a falar sobre religião. É... o momento chegou...

- Quando estava quebrando, pensei em abrir uma igreja... Comentou um!
- Estes pastores é um bando de ladrão! Um dia vi um pedindo oferta de R$1 000,00.
- Hoje é o que mais dá dinheiro... É virar pastor...
-Você é crente né Du? Por isso que você não bebe, a sua religião não permite!!!

Creio que você também já passou por isso. Corações cauterizados e endurecidos pelo próprio entendimento.
É assim que a sociedade nos vê, mercenários, indoutos, ignorantes, e sem perspectiva de vida.
Mas a culpa não é deles, e nem do diabo.

A culpa é nossa!
Sim desculpa se enfiei o dedo na sua cara, somos vistos como beatos e religioso de uma decadente igreja.
Há muito tempo perdemos o foco da simplicidade do Evangelho, quando começamos a valorizar as coisas e usar as pessoas.
Hoje este papo de usar a tecnologia para ganhar almas é balela, vemos os tais apóstolos, bispos e falsos pastores, fazendo barganha em nome de Deus.

A sociedade não enxerga mais a nossa devoção, não vê a mudança, pois não há mudança!
Num país, onde se prega se fala e canta que somos milhões, mas não há mudança de atitudes, de caráter.
Os políticos evangélicos também estão envolvidos com escândalos, a corrupção não tem religião.
Muitos líderes estão envolvidos em escândalos, e sempre usam da retórica da oratória da eloqüência para dizer é perseguição..é o jeitinho brasileiro.

Não se vê mais trabalho social, pois a igreja é apenas um clube social.
Pagamos nossos dízimos e batemos cartão na igreja para garantir nosso passaporte no céu!

Mas o quadro não muda:

Nas igrejas há mais separações do que casamentos no meio secular...
A galera solteira curte um sexo gostoso ao mesmo tempo em que tocam, cantam e dançam na sua pseudosantidade.
Curtimos pornografia, enquanto ouvimos uma musica gospel e depois pedimos perdão..se pedimos...

Não perdemos mais tempo com as pessoas, pois perderemos o Fantástico.
Não cumprimos nossos compromissos, sonegamos impostos, não pagamos um salário justo aos funcionários da Empresa “Que Deus me deu”, roubamos o tempo eoutras "coisas" no serviço, não devolvemos o troco que nos foi dado errado, não honramos nossos pais, continuamos estuprando nossas esposas, falamos coisas que Deus não disse (Odeio estes crentes: Deus me falou, Deus me disse...profetadas de árvores sem frutos), mentimos, roubamos, não perdoamos, não somos hospitaleiros, somos mais amigos do mundo (sistema) do que de Deus.

Valorizamos mais a religião do que nossa família, não oramos , não lemos a Biblia, não praticamos o que lemos,não amamos o próximo, não sabemos agradecer, não nos arrependemos quando pecamos...ou melhor essa palavra não existe mais...

Palavras de salvação, arrependimento, transformação de caráter, inferno, eternidade...
Não fazem mais parte do nosso vocabulário gospel... preferimos palavras como sementes da prosperidade, cura divina, você pode, você é livre...uma lavagem (comida dos porcos) cerebral.

Não me espanto com a indiferença do mundo, da humanidade em relação a Deus, pois se nós que consideramos filhos dEle, não externamos, verbalizamos e nem vivemos como tais...
O que poderá dizer daqueles que estão com seus coracões como pedra, insensíveis e ocos pela própia razão!

Adualdo Rodrigues
Porto Velho - Ro