terça-feira, 28 de agosto de 2012

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

VERDADE OU RELIGIÃO?

A cada novo censo realizado no Brasil ( o último em 2010) o protestantismo aparece mais forte em números. A cada nova eleição cresce o numero de parlamentares da já famosa bancada evangélica. A cada ano vemos o aumento da publicidade de artista e produtos evangélicos na mídia. Entretanto a pergunta é simples: de fato nós enquanto cristãos representamos diferença nessa nação? No caso da política, temos hoje parlamentares mais comprometidos com os problemas enfrentados pelo povo? Repartições publicas e privadas tem melhor prestação de serviço em relação a época que os funcionários eram essencialmente católicos? A Resposta para todas essas perguntas é negativa. As coisas não mudaram porque o poder da transformação não está em nenhuma religião, mas no poder de DEUS que atua na vida de cada um de nós. A situação política é a mesma ou seja, péssima educação, saúde precária, corrupção enorme, porque as pessoas se escondem atrás de uma bíblia que serve como amuleto, no entanto continuam a não ter caráter. A prestação de serviços ainda é péssima porque as pessoas se denominam ´´Salvas´´, mas falam mal do chefe pelos cantos ao invés de executarem com eficiência suas funções. Julgamos os governos por improbidade mas somos desonestos a todo tempo, tocando a vida na base do jeitinho brasileiro que em uma tradução literal quer dizer desonestidade.

As igrejas estão cheias de profetas e homens dotados de eloqüência, mas perecem pela ausência de homens de respeito e caráter. Falar é belo e cômodo, mas realizar é árduo e muitas vezes pouco gratificante. As pessoas se perdem em discussões religiosas, mas se esquecem de que o poder não emana de uma denominação, mas do poder do espírito de DEUS que habita em nós. Não tenho nada contra o crescimento do protestantismo desde que isso represente também um crescimento e melhora dos padrões morais daqueles que se denominam filhos do ´´PAI´´. Ser Cristão não pode ser uma característica de vida, deve ser sua vida. Ser Cristão significa viver como Cristo viveu, e isso significa basicamente viver uma renuncia constante, viver preocupado com suas mínimas atitudes, viver preocupado em ser honesto e amoroso.

Nos anos 90 a moda era ser ´´Gospel´´, a partir de agora o chique é bancar o Espírita. A mídia veicula espiritismo e tempo inteiro, vendendo sua imagem com um antídoto para a humanidade. Não tenho nada contra os adeptos, todavia de nada adianta novos conceitos se velhos idéias continuam as mesmas. Ser bondoso não e mérito pra ninguém, é obrigação. Se todos nós com nossas religiões e falsas convicções não atentarmos pra a simplicidade do evangelho de cristo estaremos todos fadados a viver em um pais injusto e cada vez mais corrupto, por que se existe alguém que pode mudar essa realidade chama-se JESUS CRISTO e não RELIGIAO que produz no máximo separação entre os homens e os distancia da vida eterna ao lado do pai.

Novidades

Durante o ano de 2010 fiz poucas publicações no nosso Espaço Comum mas este ano promete e creio que DEUS vai usar cada palavrinha postada aqui pra atingir em cheio sua vida! Fique ligado e compartilhe suas opiniões conosco... Em breve novidades...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ricos e milionários para a glória de Deus?



Preciso confessar minha intolerância religiosa e politicamente incorreta. Sim! Porque se não confessá-la, neste momento e canal, estarei negligenciando historicamente tudo o que creio segundo a simplicidade do que se aprende pela verdade, transparência e honestidade em Jesus e também do que estou convencido ser meu compromisso profético de denunciar o engano.

É a mesma intolerância que motivou o Senhor a chamar alguns religiosos de seu tempo de "raça de víboras", "sepulturas pintadas" e "lobos enganadores". Este é o zelo pela verdade a ponto de virar a mesa dos cambistas do templo e chamá-los publicamente de ladrões e salteadores. Não eram simples religiosos, eram aqueles que ditavam as regras no seu tempo, jogavam as cartas do jogo de dominação e manipulação do povo, assentavam-se nos primeiros lugares da sinagoga/templo, homens cuja "santidade" e "poder de Deus" eram medidos/avaliados somente pela aparência, externamente, pelo tamanho dos filactérios e franjas das roupas que usavam; eram aqueles que gostavam de orar em pé durante os cultos para serem vistos e admirados pelos outros homens ou para demonstrar um poder que julgavam ter [e não tinham].

Sem rodeios, apesar das duras palavras, mas em profundo amor, Jesus denunciava o pecado fosse ele institucional ou pessoal; olhando nos olhos de quem quer que fosse, desmascarava o que ele sabia ser a perversão da vida e do convite amoroso de Deus no encontro com o homem.

Esta semana vi escrito em um outdoor de uma grande e famosa igreja do Rio de Janeiro a frase: "Deus está levantando ricos e milionários para a Sua Glória. (...) Venha ser um deles", havia também, estampada, a foto do pastor... (Ops!) eu disse pastor? Desculpe! Agora ele foi consagrado a apóstolo...

Pois, é! Não vou discutir a apostolicidade do nosso irmão, mas meu lamento e espanto, semelhante ao do apóstolo Paulo na carta aos Gálatas, quando ele diz: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho..." é perceber como uma grande parcela dos pastores/religiosos hoje estão cedendo à tentação de transformarem as pedras em pães, jogarem-se dos pináculos de seus templos midiáticos e se ajoelharem diante da "grandeza" e da Prosperidade para conquistarem a glória das cidades e reinos deste mundo.

Oro sinceramente para que ele e todos estes sacerdotes, profetas, missionários e apóstolos tenham tempo de se arrepender e crer no Evangelho simples de Jesus, a fim de encontrarem misericórdia e também [se possível] ensinar o caminho de volta aos seus discípulos, mas não posso ficar calado.

Deus não precisa fazer alguém rico ou milionário para ser glorificado, servido ou conquistar a terra. Já cantava inspiradamente o poeta: "a sabedoria mora com gente humilde (...)", mas quem consegue discernir este tempo sabe que o engano já se instalou no coração e esfriou o amor de quase todos. A proposta daquele outdoor pareceu-me não somente absurda e mentirosa, mas revela a grande iniqüidade e potestade camuflada de piedade e "bênção". Erra não só quem faz o convite para participar dos cultos a Mamom, mas também quem o cultua, serve-o com seus dízimos e ofertas e sobe as escadas dos pináculos atrás de seus líderes e guias espirituais na intenção de receber a mesma glória e poder deste mundo.

Sinto profundo constrangimento por esta geração perversa que só consegue ver "Deus" na riqueza e na troca, na barganha, na compra da "bênção". Este "Deus" não é o meu Deus, não creio em um "Deus" que apenas seja Deus se for servido por ricos e milionários. Não creio em um "Deus" que expressa sua glória somente para aqueles que podem pagar por ela.

Eu creio no Deus que se fez carne, que ao contrário do desejo de alcançar a glória para cima, pelo domínio, através da glória dos homens e do mundo, preferiu o caminho inverso e se rebaixou até se confessar como servo humilde.

Os que vivem de fato para a glória de Deus podem até possuir algum bem (ou bens) neste mundo, podem por acaso ser chamados de ricos, milionários, mas seu coração certamente não estará no acúmulo de tesouros, muito menos no prazer de serem considerados como tais. Os que vivem e expressam a glória de Deus são os simples, os misericordiosos, os limpos de coração; aqueles que mesmo não possuindo prata nem ouro sabem expressar o bem e a glória de amar a Deus não pelo que Ele pode dar, mas pelo Dom da vida em abundância vivida gratuitamente.

Lúcifer foi contaminado pelo brilho e ganância do seu próprio comércio, aliás este foi um dos motivos de sua queda. A avareza que derruba querubins facilmente derruba apóstolos e patriarcas, ainda nos dias de hoje. A denúncia que o apóstolo Pedro fez em sua comunidade neotestamentária é atual e verdadeira: "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.

E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, FARÃO COMÉRCIO DE VÓS, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2 Pedro 2.1-2)

Ainda dá tempo de voltar ao caminho da cruz e do arrependimento. Quem tem ouvidos para ouvir?


O Deus que é glorificado sem som e sem palavras pela obra de suas mãos te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Por  Pablo Massolar 
www.ovelhamagra.com

domingo, 6 de junho de 2010

O Poder que o dinheiro não possui

A TV é muito eficiente em mostrar tudo que o dinheiro pode comprar, mas omite-se na hora de noticiar a realidade, a outra face da moeda. Todos nós sabemos o poder que o dinheiro exerce sobre todos nós e como somos levados a viver em função dele a maior parte do nosso tempo. Você trabalha por que? Você estuda por quê? Você acorda cedo por que? Você aguenta seu chefe chato por que? Você entra em um ônibus lotado todos os dias por que? A realidade é que o sistema imposta a todos nós nos obriga a viver dependentes de dinheiro, apesar de alguns ainda acreditarem em utopias e acreditar que o capitalismo tende a enfraquecer, quando o contrário parece certo. Mas a grande questão é: como conseguir viver dependente do dinheiro sem ser escravizado por ele? Vemos administradores sobrecarregando empregados em busca do lucro, pessoas suicidando devido a crises, jovens sentindo frustrados por não se sentirem capazes de acumular grandes fortunas, igrejas ensinando heresias como se a casa de DEUS fosse uma bolsa de valores.

A única maneira de sermos libertos do domínio do dinheiro é enxergarmos o verdadeiro plano de DEUS para nossas vidas. Eu realmente acredito que o dinheiro produz satisfação momentânea, mas eu duvido que ele seja capaz de garantir felicidade eterna. As pessoas se matam para conseguir algo que não garante a sobrevivência da alma. Você se lembra de como era gentil antes da promoção no trabalho? Quando você ganhava pouco ajudava a família no orçamento mensal e agora que ganha melhor? Valorizava os amigos quando andava de ônibus e agora? Valorizava a esposa quando ela ganhava mais e agora que seu salário é superior desmerece a quem lhe ajudou a progredir? E o relacionamento com DEUS? Ahh, os negócios te impedem de ler a bíblia? Aprender a ficar rico com toda certeza é bem mais fácil que aprender a ser cristão. Jesus viveu nesse mundo e pelo que podemos compreender da palavra de DEUS jamais foi rico, mas sempre foi próspero, porque valorizava a essência da vida que era cumprir o propósito do pai. Prosperidade significa ausência de necessidade e não riqueza de bens.

Eu desafio você leitor a se desprender daquilo que está destruindo seu relacionamento com DEUS, seu casamento, suas amizades, suas bases. Não tenho a intenção de incentivar ninguém a abandonar o trabalho, os estudos, as responsabilidades, mas gostaria que cada um de nós, a começar em mim, observasse tudo que DEUS reserva para cada um de nós. A busca incessante pela riqueza não tem permitido que sejamos cristãos em essência. Repartimos nossas migalhas e nos sentimos filantrópicos, bonzinhos demais. DEUS não precisa dos nossos restos, nossas boas ações com falsos interesses. O que adianta oferecer seu riquíssimo dízimo se seu coração já foi a muito tempo ofertado ao dinheiro? Talvez nossa intenção ao acordar não seja glorificar a DEUS com nossas atitudes, mas glorificar a nós mesmos com nossas posses. O sonho da casa própria é muito legal, mas onde fica o sonho da morada eterna ao lado do pai? Eu sou exatamente como você, sofro a mesma pressão capitalista todos os dias e acabei de descobrir que tenho levado toda minha vida por um caminho que busca o dinheiro em detrimento da palavra de DEUS. Descobri que ter dinheiro é bom, mas ter paz é muito melhor, e paz é privilégio daqueles que temem a DEUS e não daqueles que temem a queda da bolsa de valores ou a falência dos negócios. Até que ponto vale a pena perder sua vida para ganhar dinheiro? Até que ponto vale a pena conseguir poder e perder sua alma?

Victor Araújo

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dicas da Semana


1 – Valorize menos o dinheiro e gaste mais tempo com seu DEUS. Você vai descobrir que ele vale mais...

2 – Valorize as pessoas que estão ao seu redor. Se você não descobrir seu grande amor, ao menos pode descobrir que você é tão falho como cada uma delas. Descobrir que falhamos também, é uma ótima forma de aprendermos a valorizar as pessoas...

3- Reclame menos e produza mais. Se você perde seu tempo reclamando no mínimo quatro vezes ao dia de coisas diversas, você gasta em média 3 minutos. Neste mesmo tempo você pode orar por alguém, ler a bíblia ou qualquer outro livro, debater assuntos produtivos, ouvir uma música boa, ter uma grande idéia...





Victor Araújo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Carta aos (já) velhos amigos

Se pudesse, nenhum de vocês morreria antes mim. Quero lhes preceder no último passeio não por heroísmo, mas por pura covardia. Tenho medo da dor de perdê-los. Padeço como viúva quando digo adeus a um amigo. Por meses, não valho nada. E sei que não tenho forças para enfrentar meses de desconsolo.


Vinicius de Moraes chamava Cecília Meireles de suave amiga, e assim eu os tenho, meus suaves amigos.


Devo a vocês as poucas cores que sobram em meu coração castanho de decepções. Só escapo de cambalear pelo mundo com a alma mumificada porque vocês nunca me deixaram em paz. De cada um, veio a iniciativa para a conversa; conversa de ferro afiando ferro. Se uma tênue réstia de esperança insiste em brilhar em mim é devido à justeza de caráter que vocês revelaram em momentos descontraídos. Continuo a acreditar que nesse mundão cruel e desumano ainda existem pelo menos sete mil nobres.


Suaves amigos, herdei de nossos encontros, o mínimo de sanidade que me poupa de ser um trapista casamurro. Há muito, eu teria evaporado em devaneios absurdos. Ensimesmado e auto-referenciado, encarnaria o demônio; demônio feroz, daqueles que espumam e se rebentam no asfalto. Na companhia de meus suaves amigos, mesmo homem-joão-da-silva, viro poeta-manancial e profeta-fragrância. Desnudo as fantasias; entre vocês não preciso ser outro senão euzinho, sem nenhuma pretensão. Juntos em nossas fábulas, somos vilões; em nossas parábolas, pródigos ou pais sofridos; em nossos poemas, amantes esquecidos; em nossas piadas, bufões atrapalhados.


O tempo passa. A maresia do kronos, que tudo corrói, também enferruja os elos das grandes amizades. Vigiemos para que essa inexorabilidade nunca nos impeça de cruzar caminhos. Não deixemos que encontros só aconteçam nas tragédias, nos corredores dos hospitais ou no constrangimento do luto.


Carecemos da mesa posta. Arranjemos desculpa para conversas longas, daquelas que se estendem até a boquinha da noite. Por enquanto, a palavra saudade não deve ser pronunciada entre nós. Breve nos perderemos uns dos outros - a morte é desalmada. Chegará a noite escura para nos afastar em longos abismos. Nossos rostos se dispersarão no ruço que encobre a velhice.


Preciso de cicerones, gente que me dê a mão, na última etapa desta breve existência. “Vigiem comigo, nem que seja por uma hora”. Não me abandonem a vagar, arquejado e sorumbático, até evaporar-me. Peço-lhes o regaço como travesseiro; estou disposto a repousar a cabeça até na pedra para sonhar com a escada que toca o céu.


Surpreendamo-nos! Que não seja necessário a ameaça de um meteoro, a iminência de um câncer ou a descoberta de Atlântida para que peguemos o telefone: “Eu só liguei para dizer que você é especial para mim”. Não adiemos para a eternidade as palavras que deveríamos ter coragem de dizer agora. Não esperemos para nos presentear com coroas de flores.


Quando penso em dar brados pentecostais com glórias a Deus, lembro que posso sussurrar: “Eu te amo meu amigo”, e Deus ficará satisfeito.




Ricardo Gondim
Soli Deo Gloria
www.ricardogodim.com/